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Autor: admin

Entrevista RTP – “Lar em Castro Marim dá resposta multidisciplinar a várias demências”

“A demência de Alzheimer está a afetar pessoas cada vez mais novas e são também cada vez mais as famílias à procura de ajuda qualificada. Uma situação que levou a Santa Casa da Misericórdia de Castro Marim, no Algarve, a construir de raiz uma estrutura residencial para essa e outras demências.”

Assista à entrevista completa em:

https://www.rtp.pt/noticias/pais/lar-em-castro-marim-da-resposta-multidisciplinar-a-varias-demencias_v1583563

Residência para Alzheimer em Castro Marim é também importante para sul

A ministra da Coesão Territorial destacou hoje a importância para Castro Marim, para o Algarve e para o Baixo Alentejo da inauguração da Estrutura Residencial e Centro de Dia para doentes de Alzheimer e outras demências.

Ana Abrunhosa esteve hoje na cerimónia de inauguração da estrutura de saúde construída pela Santa Casa da Misericórdia de Castro Marim e enalteceu o trabalho realizado pelo seu provedor, José Cabrita, para obter o financiamento necessário para a obra, orçada em cerca de cinco milhões de euros.

“Esta estrutura não é apenas importante para Castro Marim, como já disse o senhor presidente de Câmara, constitui uma resposta social fundamental para a região do Algarve e para o Baixo Alentejo”, afirmou.

A ministra pediu desculpa pela ausência da ministra do Trabalho e da Solidariedade Social, Ana Mendes Godinho, cuja presença na cerimónia de inauguração estava confirmada, mas foi desmarcada por “motivos de força maior” que se prenderam com o anúncio das medidas de apoio a famílias carenciadas, feito hoje pelo Governo, em Lisboa.

Ana Abrunhosa referiu que a inauguração desta nova estrutura de apoio a doentes de Alzheimer “é um motivo de celebração” por se tratar de “uma das maiores obras de Castro Marim dos últimos tempos”, que “vem qualificar” o território, “trazer melhor qualidade de vida àqueles que necessitam de um cuidado especial”, às suas famílias e cuidadores.

“Esta é uma infraestrutura que tem uma resposta especializada na área de Alzheimer e de outas doenças e eu queria aqui sublinhar a importância desta obra dedicada – nem sempre, mas sobretudo – a uma população idosa, que vem dar resposta a uma grande lacuna a nível regional e, portanto, temos hoje motivos acrescidos para comemorar”, afirmou a governante.

Ana Abrunhosa considerou que a nova estrutura para pessoas com Alzheimer e outras demências mostra que se está “a mudar o paradigma na oferta de cuidados aos mais frágeis”, dado que “escasseiam este tipo de respostas” em Portugal.

“Esta é uma prova também de que olhamos para os territórios de forma a promover a coesão social e territorial”, argumentou a ministra, salientado que o novo equipamento está capacitado para “tratar e cuidar de 70 utentes em regime de internamento e tem também regime de centro de dia para 30 utentes”.

A governante lembrou a existência de uma estrutura semelhante em Fátima (Leiria), que foi um “espaço de aprendizagem” para os cuidados nesta área, e salientou que o equipamento agora inaugurado em Castro Marim vai também ser um “espaço de investigação e avaliação para as melhores estratégias e práticas no tratamento deste tipo de doenças” e criar 55 postos de trabalho.

“Este é o maior investimento efetuado em Castro Marim no âmbito do Portugal 2020, estamos aqui a falar de quase cinco milhões de euros que tiveram um grande esforço financeiro da Santa Casa, para além do apoio de fundos europeus e do grande apoio que a Câmara Municipal deu [de cerca de um milhão de euros]”, salientou.

Ana Abrunhosa deixou por isso uma felicitação a todos os envolvidos no projeto, na pessoa do provedor da Santa Casa da Misericórdia de Castro Marim, José Cabrita, a quem agradeceu “pela visão e pelo empenho” em “avançar com um projeto desta dimensão e com esta relevância, apesar de todas as dificuldades”.

Fonte: Visão

Doentes com Alzheimer do Algarve e Alentejo tem um “oásis” à sua espera em Castro Marim

Nova Estrutura Residencial e Centro de Dia para doentes de Alzheimer e outras demências é uma resposta única no Sul do país.

É uma doença que causa muito sofrimento, não apenas aos doentes, mas também aos seus cuidadores, nomeadamente os familiares, pelos desafios que traz. Foi para melhorar a vida das pessoas com Alzheimer e outro tipo de demências que foi criada uma Estrutura Residencial e Centro de Dia em Castro Marim, a primeira do género a Sul do Tejo.

A inauguração desta nova valência, com capacidade para albergar 70 utentes e de dar apoio a mais 20, em regime de Centro de Dia, aconteceu na sexta-feira, dia 24, e contou com a presença de Ana Abrunhosa, ministra da Coesão Territorial, que não poupou elogios a José Cabrita, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Castro Marim, pela sua determinação e por «nunca ter desistido, apesar das dificuldades».

Afinal, estamos a falar de uma obra de cerca de 5 milhões de euros, mais de metade dos quais garantidos por esta instituição, apesar da área de influência da Estrutura Residencial e Centro de Dia para doentes de Alzheimer e outras demências castro-marinense ser todo o Algarve e o Baixo Alentejo.

José Cabrita – Foto: Hugo Rodrigues | Sul Informação

José Cabrita não esconde que realizar esta obra «foi muito difícil, mesmo muito».

«Os próprios municípios não estão preparados para isto. Castro Marim deu uma ajuda, mas o maior esforço financeiro foi da Santa Casa», disse ao Sul Informação.

Fazendo as contas, a obra foi cofinanciada em 1.134.701,80 euros pelo programa CRESC Algarve 2020 e contou com um apoio de cerca de um milhão de euros do Município de Castro Marim.

O restante, foi a Santa Casa castro-marinense que garantiu, através de capitais próprios e um empréstimo. «Estamos a falar de alguns 3 milhões de euros de capitais próprios, que ainda temos de pagar».

No entanto, o provedor da SCM de Castro Marim não se arrepende do esforço para construir a residência, feita a pensar em doentes que «necessitam de um tratamento totalmente diferente».

«Eu fico cada vez mais preocupado, mesmo preocupado, porque se associava estas doenças a pessoas com 60 anos. Mas não, hoje aparecem-nos aqui pessoas com 40 ou 50 anos. Fico bastante triste com isto», enquadrou José Cabrita.

«São pessoas com necessidades muito específicas. É por isso mesmo que eu achei que devia fazê-lo. Custou muito, mas valeu a pena», disse.

Quem também partilhou este «sonho antigo» de José Cabrita de criar uma resposta específica para doentes com demência, nomeadamente Alzheimer, foi Francisco Amaral, presidente da Câmara de Castro Marim.

«Sei bem o que é a demência e lidei de perto com a doença. Sei o que as pessoas sofrem, principalmente as famílias, que entram em desespero e ficam exaustos ao tentar cuidar destes pacientes», revelou ao Sul Informação o autarca, que também é médico.

«É preciso saber lidar com pessoas com este tipo de doenças. É por isso que todos os funcionários estão a ter formação específica», acrescentou.

Apesar das dificuldades em lidar com doentes com Alzheimer ou outras demências, a verdade é que, até agora, abaixo do Tejo, não havia qualquer resposta específica para estas pessoas, muitas delas idosas, que acabavam internadas em lares, sem cuidados adequados à sua condição.

«Acho que é importante realçar este aspeto, o de não haver nenhum lar deste género a Sul de Lisboa.  Isto faz com que esta não seja uma obra importante apenas para Castro Marim, mas também para o Algarve e para o Baixo Alentejo», afirmou Francisco Amaral.

O presidente da Câmara de Castro Marim também salientou a «criação de dezenas de postos de trabalho».

«Esta é uma infraestrutura que tem uma resposta especializada na área de Alzheimer e de outras doenças e eu queria aqui sublinhar a importância desta obra dedicada – nem sempre, mas sobretudo – a uma população idosa, que vem dar resposta a uma grande lacuna a nível regional e, portanto, temos hoje motivos acrescidos para comemorar», disse, por seu lado, Ana Abrunhosa.

Fonte: Sul Informação

Lar de Alzheimer de Castro Marim inaugurado pela ministra da Coesão

“É a prova de que estamos a mudar o paradigma na oferta de cuidados aos mais frágeis e aos mais vulneráveis, fazendo-o onde escasseiam este tipo de respostas”

A Estrutura Residencial para Idosos e o Centro de Dia para pessoas com Alzheimer e outras demências de Castro Marim foi inaugurada na tarde desta sexta-feira, dia 24 de março, com a participação da ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa.

Esta inauguração era para contar com a presença da ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, mas devido a uma conferência de Imprensa do Governo não foi possível deslocar-se a Castro Marim, onde foram anunciados os novos apoios.

“Esta inauguração é um motivo de celebração”, começa por dizer Ana Abrunhosa, sobre “talvez uma das maiores obras de Castro Marim dos últimos tempos”.

Segundo a responsável, este equipamento “vai trazer maior qualidade de vida àqueles que necessitam de um cuidado especial” e que “vem dar resposta a uma lacuna a nível regional”.

“É a prova de que estamos a mudar o paradigma na oferta de cuidados aos mais frágeis e aos mais vulneráveis, fazendo-o onde escasseiam este tipo de respostas”, acrescenta.

Para a ministra, o lar “será também espaço de investigação e de avaliação para as melhores estratégias e práticas no tratamento deste tipo de doenças”, com o objetivo de “melhorar a qualidade de vida dos doentes e dos seus cuidadores”.

“Esta estrutura não é apenas importante para Castro Marim. Constitui também uma resposta social fundamental para a região do Algarve e para o Baixo Alentejo”, conclui.

Já para o presidente da Câmara Municipal de Castro Marim, Francisco Amaral, esta inauguração é “um dia importante para o Algarve e para o sul do país”, uma vez que “não existe qualquer estrutura de apoio aos doentes com demência” a sul de Lisboa.

“Talvez o mais difícil vá começar agora. A demência é uma doença que acarreta um enorme transtorno e desgastes emocionais não só para o doente, mas também para os familiares, amigos e para quem trabalha com estes utentes”, refere.

O também médico afirma que tem “assistido a familiares completamente desesperados, exaustos e impotentes perante situações para quais não se encontram minimamente preparados para lidar e muito menos para as resolver”

“A escassez de resposta do Estado é flagrante e dolorosa. É uma patologia de difícil tratamento”, conclui.

A infraestrutura terá capacidade para acolher 70 portadores da doença de Alzheimer e outras demências em regime de internamento e 20 utentes em regime de Centro de Dia.

Com um orçamento de quase cinco milhões de euros, o projeto é um investimento financiado pelo programa PO CRESC Algarve 2020, apoiado por Portugal e União Europeia, cofinanciado pelo FEDER em 1.134.701,80 euros alocados, somados ao milhão de euros de apoio do município. O restante montante é assumido pela Santa Casa da Misericórdia, através de capitais próprios e empréstimo bancário.

Fonte: Jornal do Algarve

Ao abrigo da Memória | ERPI e Centro de Dia de Castro Marim

Pode começar por pequenos esquecimentos, dificuldade em fixar novos factos, fazer confusão com datas. Pode surgir apatia, desnorte e até agressividade. Envelhecer com uma demência provoca a deterioração global, progressiva e irreversível de várias funções cognitivas, como se o cérebro fosse uma casa onde as luzes se desligam uma a uma. Para cuidar de quem chega assim à fase mais avançada da vida, Castro Marim vai ter a primeira estrutura residencial para idosos a Sul do Tejo,  vocacionada para utentes com Alzheimer e outros transtornos neurocognitivos.

A antiga fábrica de Pinhão foi arquitetonicamente convertida numa espécie de  casa algarvia gigante e tradicional, com paredes brancas e dois grandes pátios interiores. É possível que entre os 70 utentes que se preparam para receber, estejam ex-trabalhadores fabris de Castro Marim, mas as portas estarão abertas a idosos de qualquer lugar, que sofram de qualquer demência. “É a única resposta social do género a Sul do Tejo”, diz Francisco Amaral, médico e presidente da câmara. A autarquia é parceira da Santa Casa da Misericórdia de Castro Marim na construção daquele que vai ser um lar diferente. 

“Achamos que a abordagem à doença deve passar pela reabilitação e estimulação cognitiva, ou seja, vamos investir nas terapias não farmacológicas”, explica Iola Fernandes, a diretora técnica. A estratégia nota-se nas pequenas coisas. Onde era suposto ter nascido uma capela, vai haver uma mercearia antiga. “Não se trata de desvalorizar a questão espiritual, mas para estas pessoas é fundamental o estímulo das funcionalidades”, acrescenta. A tal mercearia vai estar rodeada de mesas viradas para o jardim. “Sempre que um idoso lá for comprar um bolo ou uma maçã vai estar a fazer treino cognitivo. Na maior parte dos casos, ao dar entrada num lar, as pessoas deixam de mexer em dinheiro, deixam de ir ao supermercado ou aos correios e essas atividades instrumentais da vida diária vão-se perdendo, comprometendo a autonomia e a autoestima”.

O campo na memória 

A diretora técnica da instituição, formada em política social e pós graduada em intervenção com doentes de Alzheimer defende que nem tudo está perdido quando se começam a perder as faculdades. Há sempre trabalho a fazer e por isso, ali, só deverão permanecer acamados os casos terminais. “Apesar dos quartos que vamos ter no primeiro andar serem apetecíveis e confortáveis, queremos que boa parte do tempo seja passada em atividades de grupo, como a arteterapia, nas terapias personalizadas e nos espaços comuns, concebidos para trabalhar estas vertentes”, diz Iola Fernandes.

A estimulação dos utentes vai passar muito por desenterrar as memórias primordiais, que nem o tempo costuma apagar. Por isso, no coração desta estrutura residencial para idosos vão estar dois jardins interiores. Num deles, alfarrobeiras e amendoeiras ajudarão a trabalhar a reminiscência dos utentes. A ligação à terra, aos cheiros e ao imaginário tradicional, que terá acompanhado a maioria destes idosos  desde o berço. No outro pátio, vai surgir um jardim sensorial, com um espelho de água e diferentes níveis, para que tanto alguém numa cadeira de rodas, como com boa mobilidade possa trabalhar os diferentes sentidos. “Do outro lado do edifício, vamos ter também uma pequena horta biológica. Lá está, mais uma vez, o foco na reminiscência. Muitas destas pessoas têm as suas  origens no campo e mexer na terra permite  trabalhar a parte cognitiva e a memória”.

Que ninguém se perca

Faltam pouco mais de meia dúzia de semanas para a obra estar concluída. Lá para Julho já o ruído de ferramentas elétricas e o vai e vem de operários da construção terá parado. Nessa altura, o espaço deverá  receber os primeiros equipamentos e mobiliário. 
Quando se entra, à direita, encontram-se salas de arrumos, casas de banho, lavandaria, cozinha e um refeitório cheio de luz. Do lado de lá dos dois pátios interiores há várias salas e gabinetes. No primeiro andar, 34 quartos cheios de sol serão a zona de descanso dos 70 utentes, que até ao final do ano terão de ocupar todo o piso superior. De algumas janelas, avista-se a Ponte Internacional do Guadiana e o outro lado da fronteira. 

Todo o edifício está pensado no acolhimento a pessoas com necessidades especiais. Para ajudar no reconhecimento do espaço mais íntimo reservado a cada utente, à porta dos aposentos não estarão números ou nomes. A fotografia de um cão, de uma árvore ou qualquer elemento visual que esteja ligado à vida e ainda presente na memória do idoso, será o sinal personalizado a mostrar a entrada de cada um.  

A segurança dos utentes vai ser assegurada através de um apertado controlo de acessos, garante Gustavo Vera. O engenheiro responsável pela obra, que é também o vizinho da frente, que mora no outro lado da rua, explica “ as saídas são todas controladas por uma central. Só entra e sai de determinados sítios quem tiver um código. As pessoas não podem ir para as escadas ou para a rua sem que percebamos”.

Síndrome do pôr do sol

Mesmo numa região como o Algarve, com uma média diária superior a 8 horas de sol por dia – mais de 3 mil por ano -, o astro rei acaba inevitavelmente por se pôr. E é nesse momento do crepúsculo que se agita o ambiente num lugar onde haja doentes com demências. À medida que a luminosidade exterior vai diminuindo, regista-se uma maior instabilidade, delírios e agressividade em muitos idosos. A situação é já descrita como síndrome do pôr do sol. 
Num espaço cheio de enormes e bonitos vãos, o edifício da Estrutura Residencial para Idosos de Castro Marim não negligenciou o impacto do entardecer nos futuros utentes. “Este edifício está preparado para, à medida que vai diminuindo a luz exterior, vá aumentando a interior, de forma a  atenuar os efeitos do pôr do sol”, esclarece Iola Fernandes.

 A questão feminina

A carteirinha transparente que traz pendurada ao pescoço, com uma cópia do cartão de cidadão e o número de telefone da filha quase passa despercebida, tapada pelo casaco abotoado. Aldina Corvo já se habituou a ela, ainda que lhe pareça um exagero. A família não quer que saia à rua de outra forma, depois de em Dezembro ter andado mais de cinco horas perdida, nas ruas do concelho vizinho, Vila Real de Santo António. Há dois anos que deixou o monte, perto de Odeleite, e se mudou para casa da filha, depois de alguns sintomas de Alzheimer se terem tornado mais evidentes e incapacitantes. Aos 84 anos encaixa bem no perfil que aponta uma maior prevalência das demências entre as mulheres. Iola Fernandes explica “ Além da questão da longevidade, pode haver também uma justificação histórica para que as mulheres sejam mais afetadas. Antigamente eram os homens que estudavam. Boa parte das mulheres era analfabeta. Eram também os homens quem trabalhava fora, as mulheres ficavam em casa. Sem grande vida social, há domínios cognitivos que não são estimulados. Cientificamente sabemos que quanto maior for a nossa reserva cognitiva, mais são as armas para atenuar os efeitos da doença. Pessoas com mais recursos intelectuais conseguem desenvolver neuroplasticidade cerebral, que é a capacidade do cérebro fazer a mesma coisa mas afetando outros recursos”. 

Quando um lar não chega

Num país onde quase 200 mil idosos sofrem de demência – Alzheimer na maior parte dos casos – e  50% das pessoas com mais de 90 anos padecem de uma deterioração irreversível de muitas funções cognitivas devido à doença, a longevidade crescente obriga à multiplicação das respostas sociais especializadas. 

“A ERPI de Castro Marim é uma obra de futuro”, diz Francisco Amaral. A obra financiada por fundos comunitários do CRESC Algarve, em cerca de 1,1 milhões de euros, está orçada em 4,6 milhões de euros. Além do investimento da Santa Casa da Misericórdia de Castro Marim, a autarquia avançou com um milhão. “É um investimento muito avultado para uma câmara pequena como o Município de Castro Marim, mas no Sul do país não há esta resposta”, acrescenta o edil. “Os lares normais  não servem para estes casos de demência”, remata. Testemunha do esgotamento de algumas  famílias que têm a seu cargo idosos nestas condições, o autarca-médico lamenta que não haja mais residências para utentes com Alzheimer.

Fonte: PlanetAlgarve

Castro Marim terá o primeiro lar de Alzheimer da região em janeiro

Infraestrutura terá capacidade para acolher 70 portadores de doença de Alzheimer e outras demências em regime de internamento e 20 em regime de Centro de Dia.

O executivo da Câmara Municipal de Castro Marim acompanhou a visita técnica da diretora do Centro Distrital de Segurança Social de Faro, Margarida Flores, à Estrutura Residencial para Idosos e Centro de Dia para pessoas com Alzheimer e outras demências, da Santa Casa da Misericórdia de Castro Marim.

“A infraestrutura deverá abrir já em janeiro de 2023 e terá capacidade para acolher 70 portadores de doença de Alzheimer e outras demências em regime de internamento e 20 em regime de Centro de Dia”, avança a autarquia castromarinense em comunicado.

Agora, em fase de recrutamento de pessoal, está em negociação a possibilidade de um acordo colaborativo atípico com a Segurança Social, dado que esta resposta social, implica um investimento mais exigente em estrutura técnica e assistência.

Com um orçamento de quase cinco milhões de euros, o projeto está incluído no Plano de Ação da ARU e do PARU e é um investimento financiado pelo programa PO CRESC Algarve 2020, apoiado por Portugal e União Europeia, cofinanciado pelo FEDER em 1.134.701,80 euros alocados, somados ao milhão de euros de apoio do Município de Castro Marim.

O restante montante é assumido pela Santa Casa da Misericórdia, através de capitais próprios e empréstimo bancário.

Fonte: Postal

Castro Marim: Lar de Alzheimer abre em janeiro de 2023

O novo Lar de Alzheimer e outras demências da Santa Casa da Misericórdia de Castro Marim deverá começar a funcionar em janeiro de 2023, estimou a Câmara Municipal, após uma visita técnica realizada pela diretora do Centro Distrital de Segurança Social de Faro, Margarida Flores.

Esta estrutura residencial para idosos e centro de dia para pessoas com Alzheimer e outras demências está orçada em cinco milhões de euros e vai ter uma capacidade para 70 doentes em regime de internamento e 20 em regime de centro de dia, estando agora em curso o recrutamento de pessoal, referiu a autarquia em comunicado.

O município salientou que o projeto foi cofinanciado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) em 1,1 milhões de euros, contando também com o apoio da Câmara, que aprovou um apoio de um milhão de euros para a construção da estrutura.

“O restante montante é assumido pela Santa Casa da Misericórdia, através de capitais próprios e empréstimo bancário”, esclareceu o município algarvio.

Fonte: Saúde Mais TV

Obras do Lar de Alzheimer de Castro Marim devem estar prontas em Janeiro de 2023

Visita da autarquia e do provedor da Misericórdia serviu para assinalar o Dia Mundial da Doença de Alzheimer.

A Câmara de Castro Marim e o provedor da Santa Casa da Misericórdia visitaram, esta quarta-feira, 21 de Setembro, as obras do futuro lar para pessoas com Alzheimer e outras demências que deve estar concluído em Janeiro de 2023. 

Esta visita serviu para assinalar o Dia Mundial da Doença de Alzheimer.

O Lar de Alzheimer de Castro Marim terá capacidade para acolher 70 portadores de doença de Alzheimer e outras demências em regime de internamento e 20 em regime de Centro de Dia. Irá estruturar-se em três unidades de ação: Unidade de Internamento Residencial e Unidade de Dia; Unidade de Promoção da Autonomia Pessoal e Intervenção com as Famílias e Unidade de Formação e Cooperação.

Este é, para a autarquia, um «projeto prioritário, quer pela sua dimensão, quer pela abrangência».

É que o «Lar de Alzheimer será também um forte contributo à economia local, uma vez que a sua construção permitirá a criação de cerca de dezenas de postos de trabalho, diretos e indiretos».

Esta será «uma unidade de referência para todo o Sul do país», destaca o autarca Francisco Amaral, sublinhando que foi um dos maiores apoios municipais de sempre a uma Instituição Particular de Solidariedade Social, concentrada em dois anos: 1 milhão de euros.

Com um orçamento de quase 5 milhões de euros, o projeto está incluído no Plano de Ação da ARU e do PARU e é um investimento financiado pelo programa PO CRESC Algarve 2020, apoiado por Portugal e União Europeia, cofinanciado pelo FEDER em 1.134.701,80 euros alocados, somados ao milhão de euros de apoio autárquico. O restante montante é assumido pela Santa Casa da Misericórdia, através de capitais próprios e empréstimo bancário.

Fonte: Sulinformação

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